segunda-feira, 4 de maio de 2009




BORDAS DE SAL* (musicado por Marco Araujo)



Hoje o copo transborda

e a borda é de sal.

Salta um ar pela boca

trinca o som em cristal.



E o corpo recorda

essas bolhas perdidas.

Esse olhar de paragem

nas retinas contidas.



E o tempo declama:

depois demora,

logo sossega,

depois derrama.



É que a mão segura mais

porque transpira.

E o tempo é bolha..

E o vento é folha...

E o amor é mirra...


LuciAne

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