Enquanto toco o meu corpo,
reviro os teus olhos.
Respiro os meus dedos,
mordisco a orelha, do livro.
Suspiro os meus meios:
miolo dos teus rabiscos.
Rijos, teimamos lascivos,
desejos caninos...
Famintos, devoramos
a tenra carne dos nossos vícios... de linguagem.
LuciAne
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
IN (DOMÁVEL)
O destino é um desarranjo,
diarréia de passos.
Desaprende quando se desfaz um laço:
de sangue, de morte, de amor.
O destino não é sorte póstuma,
é só desfecho, um desleixo ou um dêsforço.
O destino é um discurso feito ao meio-dia,
é uma boca cheia de fomes,
sobrenomes esquecidos, rasurados.
O destino das minhas linhas está traçado no vento,
no meu par de botas de inverno.
O destino não é céu ou inferno
é apenas um poema sem fim,
desflorecendo uma árvore genial.
LuciAne 09/05/2008
diarréia de passos.
Desaprende quando se desfaz um laço:
de sangue, de morte, de amor.
O destino não é sorte póstuma,
é só desfecho, um desleixo ou um dêsforço.
O destino é um discurso feito ao meio-dia,
é uma boca cheia de fomes,
sobrenomes esquecidos, rasurados.
O destino das minhas linhas está traçado no vento,
no meu par de botas de inverno.
O destino não é céu ou inferno
é apenas um poema sem fim,
desflorecendo uma árvore genial.
LuciAne 09/05/2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
OLHOS TRINCADOS

Vasos trincados,roupas sem vincos.
Olhos sem vínculos.
Adormeço antes que você me veja:
uterina.
Antes que você me pegue, nascendo.
Depois que você me perca: menina.
Coisas de sal pela sala, copos sem vidro,
cômodos ruminando atritos, incômodos.
Luzes rastejando...relâmpagos.
Arranco-lhe a roupa,
o mesmo traje que você vestiu: mentindo.
Cenas tão vis, vasos sem flores...
Olhos trincados.
Mulher inseminando...partidas.
LuciAne
**BALBUCIO**
domingo, 7 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
TAÇAS VAZIAS
Eu e ela... brincamos sempre.
Às vezes brindamos taças vazias,
às vezes sonhando enquanto todos dormem.
Eu e ela...fugimos sempre.
Às vezes pelos corredores da casa,
às vezes roubando luas de madrugadas acesas.
Eu e ela, nos misturamos sempre:
Em aquarelas, em telas surreais do imaginário...
Eu e a poesia, estamos sempre em estado de alerta...
LuciAne
Às vezes brindamos taças vazias,
às vezes sonhando enquanto todos dormem.
Eu e ela...fugimos sempre.
Às vezes pelos corredores da casa,
às vezes roubando luas de madrugadas acesas.
Eu e ela, nos misturamos sempre:
Em aquarelas, em telas surreais do imaginário...
Eu e a poesia, estamos sempre em estado de alerta...
LuciAne
**PULSO

Fico ao teu lado sem relógio,
sem anéis, sem compromissos.
Fico, por motivos que não são tolos,
mas frágeis. Por coisas que doemos juntos,
sem saber que desbotavam...
Fico ao teu lado,como alguém que germina
e se esquece de florescer.
Como uma foto amarelada,
que se esquece de entender...
que as horas passam, mesmo sem relógios.
LuciAne
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
DESEJOS INVOLUNTÁRIOS

Lambia-lhe a face e a outra metade.
Voraz, devolvia-lhe:
suor, sêmem, castidade.
Enroscou-se na sua vontade,
bem na ponta da língua nua...
Ah...saciedade misturada!
Fez, por vaidade.
Despiu-lhe os olhos e a pele,
sem casca, sem cápsulas protetoras:
comeram-se, embriagaram-se...
Gozaram por um vasto minuto de
eternidade, capacitados... pecadores.
Senhores de suas vontades.
LuciAne
triste INTUIÇÃO
O meu LUGAR
INconsCIENTE COletivo

Desvendo um horizonte irônico,
embrulhado para presente...será que é meu?
Inconsciente meio em coma,
com fome de vida.
Um horizonte de estrofes,
de escadas e versos nus.
Desvendo um horizonte diferente,
sem enfeites, sem deleites, quase moribundo.
Como esse mundo dá voltas,
prefiro a canção que oriente
os meus sentidos e desoriente
os meus atrevidos modos de
pensar sobre horizontes...
LuciAne
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
AMOR, ESTRANHO AMOR
Beijo os teus olhos,
Arranho a tua pele...
A sede do teu beijo
não passa, seca a garganta.
Arranho os teus olhos,
beijo a tua pele...
A sede do teu corpo
não passa,
molha os meus sonhos.
Grito o teu nome,
e arranhoo meu corpo...
LuciAne
Arranho a tua pele...
A sede do teu beijo
não passa, seca a garganta.
Arranho os teus olhos,
beijo a tua pele...
A sede do teu corpo
não passa,
molha os meus sonhos.
Grito o teu nome,
e arranhoo meu corpo...
LuciAne
ARREPIOS...
Minha nuca exposta,
Implora o teu beijo...
Minha pele declara arrepios,
Pelos tênues fios do meu corpo.
Apelos, mãos dançando fantasias
De nós dois...
O depois, das taças vazias...
Das bocas satisfeitas.
Poesias perfeitas percorrendo
Nossos braços e pernas,
Nossas fraquezas e tempestades.
Ternas horas...desse sonho bom.
Implora o teu beijo...
Minha pele declara arrepios,
Pelos tênues fios do meu corpo.
Apelos, mãos dançando fantasias
De nós dois...
O depois, das taças vazias...
Das bocas satisfeitas.
Poesias perfeitas percorrendo
Nossos braços e pernas,
Nossas fraquezas e tempestades.
Ternas horas...desse sonho bom.
LuciAne
**INDIZÍVEL**

Alguma coisa assim, meio
maluca, meio indizível.
Alguma coisa sensível, que
não caiba em pacotes.
Eu quero assim ,alguma
coisa pequena, que se faça um
Poema de tudo o que houver.
Eu desejo assim, alguma coisa
sem pressa, que acaricie meu
Rosto, e me faça uma prece.
Eu preciso assim, alguma coisa
criança, que soletre esperança
Com a boca cheia de doce.
Eu gosto assim, um amor
pra sonhar, um desejo de
estar, aonde ninguém nunca
Esteve...dentro de você!
LuciAne
maluca, meio indizível.
Alguma coisa sensível, que
não caiba em pacotes.
Eu quero assim ,alguma
coisa pequena, que se faça um
Poema de tudo o que houver.
Eu desejo assim, alguma coisa
sem pressa, que acaricie meu
Rosto, e me faça uma prece.
Eu preciso assim, alguma coisa
criança, que soletre esperança
Com a boca cheia de doce.
Eu gosto assim, um amor
pra sonhar, um desejo de
estar, aonde ninguém nunca
Esteve...dentro de você!
LuciAne
**ENVELHECÊNCIA**
Quando eu envelhecer, envelhecerão árvores e afetos ,sustentando essa minha cabeça de vento...Menina- momento, sem hora certa de chegar e partir. Envelhecerei sem véus, com flores nas mãos.Farei poemas olhando luas novas, prateando sulcos na alma...Beberei poesia, de fontes antes não degustadas pela minha impaciência. Escutarei um silêncio bom, na certezado meu grito maduro...mas sempre puro, sempre criança.
LuciAne 07/04/2008
LuciAne 07/04/2008
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