segunda-feira, 4 de maio de 2009

SILÊNCIOS E SENTINELAS*( musicado por Marco Araujo)

O silêncio anda surdo e mudo,
muda as minhas coisas de lugar.
Cego, tateia meus anseios.
Lúdico, se esconde em meu olhar.

O silêncio anda todo inteiro,
alerta as minhas coisas pelo ar.
Cínico, corteja-me primeiro.
Cíclico, volta a me encontrar.
O silêncio anda quase líquido,
escorre a minha face pelo mar.

Santo, navega-me mosteiro.
Louco, acende velas em meu altar.
O silêncio anda paradeiro.
Revela sentinelas em pousar.

O silêncio é meu escudeiro:
Templo que me encontra em me encantar...

LuciAne

2 comentários:

André Charak disse...

Que singelo e tocante, Luciane! Gostei de visitar seu espaço, parabéns pelo blog!

Ricardo e Regina Calmon disse...

Uma poeta exalando todo aroma seu,entre colibris e borboletas,simplesmente,uma poeta mulher!

Bravo Luciane,queremos mais!

Viva a Vida!